Exemplar não muda e empate no CARF favorece contribuinte, diz Sarmento

Por Sérgio Rodas.

O voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (quando o presidente da turma, que é sempre um representante da Fazenda Nacional, desempata um julgamento) é inconstitucional, pois viola a imparcialidade objetiva que julgadores devem ter. Enquanto esse modelo não for alterado, o contribuinte deve ser beneficiado se não ficar formada maioria.

Para Sarmento, configuração do Carf não pode privilegiar nenhum dos lados.

É o que avalia Daniel Sarmento, professor de Direito Constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ele participou do congresso Contencioso Tributário em Debate: Diálogo dos Tribunais, no Rio de Janeiro, ocorrido nos dias 16 e 17 de novembro. O evento teve o apoio da ConJur e foi organizado pela Comissão de Assuntos Tributários da seccional fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil em parceria com o Sistema Firjan.

Segundo Sarmento, a exigência de que julgadores sejam imparciais tem duas facetas: a subjetiva, que trata das relações e vínculos do magistrado, e a objetiva, que busca estabelecer regras processuais para assegurar decisões isentas. “Não basta que o processo seja devido, que os juízes sejam imparciais, mas que o modelo transmita à sociedade uma visão de imparcialidade”, afirmou o professor no evento.

A ideia de que um julgador possa se manifestar mais de uma vez no mesmo processo (como ocorre com o voto de qualidade no Carf) é “problemática” quanto à imparcialidade, apontou o advogado. E há diversas decisões pelo mundo, conforme Sarmento, proibindo um mesmo juiz de atuar duas vezes no mesmo caso.

A vedação vale tanto para a atuação vertical quanto para a horizontal. Na primeira situação, a Corte Interamericana de Direitos Humanos entende que o juiz de instrução não pode ser o mesmo que julga o caso, e a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal concluiu que magistrado não pode apreciar recurso contra decisão dele próprio. Já na segunda circunstância, o STF proibiu juiz que obteve informações em um caso de família de usá-las em uma ação penal quando foi transferido de vara.

Esse “desconforto”, apontou o professor da Uerj, se deve a uma “grande probabilidade de a pessoa que votou de uma forma mantenha seu entendimento”. Além disso, destacou, a configuração do Carf tem viés para favorecer o Fisco — tanto que os presidentes das turmas, que desempatam os julgamentos, sempre são indicados pela Fazenda Nacional.

Porém, Daniel Sarmento não concorda com a visão de que, em caso de empate, o contribuinte deva ser beneficiado. “O Direito Tributário tem algumas semelhanças com o Direito Penal, como proteção contra atos do Estado. Mas os bens jurídicos são diferentes, e a Constituição Federal não protege o dinheiro da mesma forma que a liberdade corporal.”

Mas como o modelo que atribui o voto de qualidade aos presidentes das turmas do Carf é inválido, essa interpretação pró-contribuinte diante de impasses deve prevalecer até que as regras sejam mudadas, avaliou o docente.

Na análise de Sarmento, uma configuração equilibrada do Carf não deve ter inclinação nem para o Fisco nem para os contribuintes. Uma opção seria atribuir o voto de qualidade ao relator do caso. Outra, determinar que as turmas tenham um número ímpar de conselheiros (atualmente, é par, com divisão igual de representantes dos dois lados), e dividir as seções de forma que metade tenha mais indicados pela Fazenda e metade pelos contribuintes.

Direito e Economia

Já o procurador da Fazenda Nacional Agostinho Netto, que atualmente é assessor do ministro Alexandre de Moraes no STF, defendeu um maior diálogo do Direito com a Economia, especialmente no campo tributário.

Magistrados devem estar na linha de frente da incorporação de aspectos econômicos em análises jurídicas, destacou Netto. Com isso, podem corrigir distorções e garantir equilíbrio concorrencial.

Fonte: Revista Consultor Jurídico.

Link para a notícia: https://www.conjur.com.br/2017-nov-27/ora-empate-carf-favorecer-contribuinte-sarmento

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Novo campeonato marca início da parceria do paranaense e da Lubrax | Podium Stock Car Team com a estrutura comandada pelo engenheiro Thiago Meneghel

 

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A temporada 2023 da Stock Car será de casa nova para Júlio Campos e a equipe Lubrax | Podium Stock Car Team. A partir deste ano, a gestão operacional da equipe será chefiada pela TMG Racing, estrutura comandada pelo experiente engenheiro Thiago Meneghel.

 

A mudança deixou Campos otimista para a temporada, em que espera ser presença constante no top 10. Além disso, o intuito é voltar a subir no lugar mais alto do pódio nas 24 largadas que farão parte do campeonato.

 

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“Mudar sempre é bom e renova o ânimo e a motivação”, observou Campos, que vai para mais uma temporada a bordo do Chevrolet Cruze #4, que estampa as cores da Lubrax. “Será aprimeira vez que trabalho ao lado do Thiago, que tem ótimo currículo, reputação e competência comprovada. Ele também está vindo de um ciclo longo com outros parceiros e acho que a mudança de ares será benéfica para ambos. Tanto a equipe Lubrax | Podium, quanto eu, estamos ansiosos para este novo começo”, declarou.

Na noite da última terça (28), a equipe Lubrax | Podium Stock Car Team, patrocinada pela Vibra, apresentou os carros #4 de Júlio Campos e #19 de Felipe Massa. A revelação aconteceu em São Paulo, durante o Fórum da Rede de Postos Petrobras 2023. Esse é o maior evento do ano da Vibra para a revenda, onde apresenta o planejamento, as principais ações de marketing e os lançamentos de produtos para o ano.

 

 

Júlio Campos busca o top 10 na temporada Stock Car 2023

 

Carro para a temporada Stock Car 2023

Para a primeira etapa do campeonato, agendada para o próximo dia 2 de abril, em Goiânia (GO), Campos espera que o equilíbrio constatado no fim do último ano esteja ainda maior. “Cada vez mais, a Stock Car se decide nos detalhes. Todos os times se reforçaram do ano passado para cá, seja com alterações pertinentes ou com a manutenção de programas que já davam certo. Portanto, nossa meta é o top 10. Mesmo no início de nossa parceria, nos sentimos confiantes e preparados para chegar lá”, enfatizou.

Júlio Campos e Felipe MassaA programação da prova de abertura da Stock Car em 2023 começa nesta quinta e sexta-feira (dias 30 e 31, respectivamente), com sessões de treinos livres. A classificação acontece no sábado (1º), às 13h, com transmissão ao vivo pelo YouTube e canal SporTV. As duas largadas da primeira etapa ocorrem no domingo (2), a partir das 11h30, com transmissão ao vivo pela TV aberta na Band.

MS2 Comunicação
Jornalista Responsável: Glauce Schütz
glauce@ms2comunicacao.com.br
Texto: Geferson Kern

 

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